Índices de confiança do comércio e do consumidor melhoram em setembro

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Os indicadores divulgados nos últimos dias reforçam a tese de que a economia está se descolando do cenário político. Em alta, os índices de confiança retomaram a tendência de alta. E o setor de comércio começa a fazer os primeiros movimentos de contratação de temporários para o fim de ano, puxada pela melhora da economia e pela mudança na legislação dos temporários, em vigor desde março, que deu mais segurança jurídica para as empresas admitirem. Acompanhe os números:

CONFIANÇA 1 – Após quatro meses consecutivos de queda, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 6,8 pontos entre agosto e setembro, para 89,2 pontos. Com o resultado, o indicador volta ao nível de abril (89,1 pontos). Em relação ao mesmo período de 2016, houve aumento de 8,9 pontos. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o bom resultado mostra que o momento crítico a partir de maio, com as incertezas políticas, já passou e o setor retomou a tendência de alta da confiança que vinha apresentando nos primeiros meses do ano.

CONFIANÇA 2 – A melhora na percepção sobre o mercado de trabalho e o menor peso da crise política levou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) a interromper, em setembro, três meses de queda consecutiva e subir 1,4 ponto. De acordo com a FGV, o indicador voltou aos 82,3 pontos, mesmo nível de junho. O resultado de setembro decorre da alta de 2,2 pontos no índice de expectativas, que voltou a 91,1 pontos, mesmo patamar de abril; e da relativa estabilidade (+0,2 ponto) do indicador da situação atual.

EMPREGO 1 – Após duas quedas seguidas, a contratação de trabalhadores temporários de fim de ano deve voltar a crescer em 2017. De setembro a dezembro, a perspectiva é que sejam contratados 374,8 mil temporários na indústria, comércio e serviços – um número 5,5% maior do que no mesmo período de 2016, aponta o estudo da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), que reúne 200 agências de emprego.

EMPREGO 2 – Pelo quinto mês consecutivo, as micro e pequenas empresas apresentaram um saldo positivo de criação de empregos no Brasil. De acordo com levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho, relativo ao mês de agosto, os pequenos negócios geraram 47,4 mil postos de trabalho, enquanto que as médias e grandes empresas fecharam cerca de 12,5 mil vagas.

PIB 1 – O consumo das famílias deve seguir liderando o processo de retomada, que tem mostrado ritmo superior ao previsto pelo Instituto Brasileiro de Economia da (Ibre-FGV). Após conhecer os resultados do segundo trimestre – quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,2% em relação aos primeiros três meses do ano, feitos os ajustes sazonais – o Ibre reviu para cima as projeções para o trimestre seguinte e também para 2017 e 2018. Antes em 0,1%, agora a previsão para o crescimento do PIB entre julho e setembro está em 0,3% na comparação com o segundo trimestre, de acordo com o Boletim Macro deste mês.

PIB 2 – O Banco Central passou a ver a inflação ainda mais abaixo do centro da meta em 2017 e 2018, caminhando ao redor deste alvo em 2019 e 2020, segundo Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira (21). No documento, o BC calculou alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 3,2% em 2017 e de 4,3% em 2018 pelo cenário de mercado, abaixo dos patamares de 3,3% e 4,4% vistos no comunicado da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), no início deste mês.

COMPETITIVIDADE – O combate à corrupção e os primeiros sinais de reformas permitem que o Brasil freie sua queda no ranking de competitividade, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com 137 economias. Em 2017, o Brasil subiu um degrau na classificação, depois de um tombo sem precedentes. O País é agora o 80º colocado e ainda tem uma das piores estruturas tributárias do mundo, uma classe política vista como corrupta e um estado ineficiente. 

CRÉDITO 1 – O saldo das operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,1% em agosto, para R$ 3,047 trilhões. Em 12 meses, houve baixa de 2,2%, vindo de 1,6% em julho. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo Banco Central, o estoque de operações saiu de 47,2% em julho para 47,1% um mês depois. O saldo total do crédito livre subiu 0,3% entre julho e agosto, chegando a um total de R$ 1,527 trilhão.

CRÉDITO 2 – O crédito para empresas deu o primeiro sinal positivo em mais de dois anos, informou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) em texto sobre o relatório de crédito do BC. Depois de 25 meses de quedas consecutivas, as concessões de crédito às pessoas jurídicas voltaram a crescer em agosto na comparação com o mês anterior. De acordo com os dados do BC, as concessões de financiamentos para clientes corporativos aumentaram em 15,9% em agosto na comparação com julho, para R$ 119 bilhões. Conforme o Iedi, as concessões de crédito corporativo subiram no mês passado, tanto em termos nominais como em termos reais. Descontada a inflação medida pelo IPCA, a alta foi de 2,6% frente ao mesmo mês do ano passado.

INFLAÇÃO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, registrou em setembro seu menor patamar desde 2006. Puxado sobretudo pela queda nos preços dos alimentos, o indicador ficou em 0,11%, ante um crescimento de 0,35% registrado em agosto. Em 2006, os preços subiram em setembro 0,05%.

ARRECADAÇÃO – Depois de inúmeros reveses, a equipe econômica teve na quarta-feira (20) sinais de que pode fechar as contas de 2017 sem extrapolar o rombo previsto de R$ 159 bilhões da meta fiscal. O respiro veio principalmente da arrecadação de tributos em agosto, que surpreendeu com alta real de 10,78% ante o mesmo mês de 2016 e um saldo de R$ 104,2 bilhões. De janeiro a julho, o saldo arrecadado foi R$ 38,5 bilhões inferior ao programado no Orçamento. Nos cálculos para chegar à nova meta fiscal, o governo havia estimado uma frustração de receitas de R$ 50 bilhões para o ano inteiro. Ou seja: 80% desse total já havia se confirmado até julho.

Fonte: Abad

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