Sincanews

Setor supermercadista fatura R$ 338,7 bi em 2016

O setor supermercadista brasileiro registrou faturamento de R$ 338,7 bilhões em 2016, um crescimento nominal de 7,1% na comparação com 2015, de acordo a 40ª edição da Pesquisa Ranking ABRAS/SuperHiper, elaborada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados, em parceria com a Nielsen. O resultado registrado em 2016 pelo setor representa 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

A pesquisa destaca ainda que o setor fechou 2016 com 89 mil lojas e 1,8 milhão de funcionários diretos. O faturamento das 20 maiores empresas supermercadistas do Ranking ABRAS/SuperHiper chegou a R$ 180 bilhões registrados em 2016.

Para o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, as participantes do Ranking são todas vitoriosas. “Essas empresas lutam diariamente para manter sua competitividade e lucratividade. Sabemos que o ano de 2016 não foi dos melhores para o setor, e os supermercadistas precisaram se empenhar ainda mais para manter as vendas ativas”, declara.

Cinco maiores
O ano de 2016 trouxe algumas alterações nas posições do Ranking. O Carrefour Comércio Indústria Ltda. registrou faturamento de R$ 49,1 bilhões, passando para a primeira posição, em segundo lugar ficou o GPA, com faturamento de R$ 44,9 bilhões (sem contabilizar o faturamento da Via Varejo). O Walmart Brasil Ltda. se manteve na terceira posição no ano passado, com faturamento de R$ 29,4 bilhões, seguido pelo Cencosud, que registrou em 2016 faturamento de R$ 9,0 bilhões.

“Este ano a movimentação no ranking foi acima do normal”, segundo a executiva de varejo da Nielsen, Gabriela Maia. Para ela, isso se deu principalmente por conta da crise, que tornou o setor mais suscetível a esse tipo de mudança, e também porque algumas redes investiram mais no formato de atacarejo. O setor viu também, segundo o levantamento, um aumento de 0,5% no número de pontos de vendas em 2016, que totalizaram 89,009 mil – um saldo positivo de 434 unidades. O valor, conta Gabriela, foi o mais baixo dos últimos anos. “Realmente tivemos uma movimentação menor de aberturas de lojas. O saldo positivo mostrou uma diminuição considerável em relação aos anos anteriores”, afirma.

Em 2015, por exemplo, o crescimento no número de pontos de venda tinha sido de 1,2%, frente ao ano anterior. Em termos de área total de vendas o crescimento também foi baixo no ano passado, e o valor passou de 21,6 milhões m² em 2015 para 21,7 milhões m² no ano passado (alta de 0,8%). De acordo com Gabriela, isso ocorreu porque as aberturas de lojas foram focadas em unidades de menor porte, como as lojas de vizinhança. “O modelo de hipermercado, por exemplo, não teve muito representatividade.”

2017
As vendas do setor supermercadista acumulam queda de -0,07% de janeiro a fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS. Em fevereiro, as vendas em valores reais apresentaram queda de -1,93% na comparação com o mês anterior, e queda de -0,24% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.

Em valores nominais, as vendas do setor registram queda de -1,61% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a fevereiro de 2016, alta de 4,56%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,02%.

Para o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, o resultado reflete o atual momento econômico do País. “O Brasil ainda sente os reflexos da crise; a taxa de desemprego vem crescendo desde o ano passado, e em janeiro chegou a 12,6%, o que impacta no poder de compra do brasileiro, que está mais cauteloso e indo menos ao ponto de venda. Mesmo assim, acreditamos em um número mais estável até o final do primeiro semestre”, declara o presidente.

*Abad com informações do portal ABRAS