Os sinais de melhora na economia, que começam a aparecer timidamente, ainda não foram suficientes para se refletir nos números do setor. O cenário tende a se reverter nos próximos meses, mas o índice de desemprego, ainda alto, torna a recuperação lenta.
Setores que refletem o consumo das famílias, como alimentos, tendem a ser mais sensíveis nesse contexto. É o que demonstram os números do Banco de Dados ABAD/FIA em fevereiro em relação ao setor atacadista distribuidor. Houve retração em todas as bases de comparação: na comparação com o mês de janeiro, a queda foi de -3,92%; em relação a fevereiro de 2016, foi de -11,65%; no acumulado do ano (janeiro e fevereiro), -8,27%.
“O desafio do setor é grande neste início de ano, mas temos motivos para acreditar que a reversão desse quadro já começará nos próximos meses, consolidando-se no segundo semestre. Alguns números divulgados já mostram uma tendência nesse sentido. No campo político, as reformas começam a sair do papel e há um entendimento de que, embora o consenso seja difícil, elas serão aprovadas. Um sinal fundamental para a melhora do ambiente de negócios, da recuperação do mercado de trabalho e, consequentemente, da confiança do consumidor”, afirma Emerson Destro, presidente da ABAD.
Fonte: Abad