A reforma trabalhista e seus reflexos no meio corporativo concentraram grande parte dos debates na última reunião do ano da CBCGal, em 19 de outubro, em Brasília. O juiz do trabalho Rodrigo Trindade foi convidado a analisar a reforma trabalhista. De acordo com o magistrado, a grande preocupação no meio jurídico em relação à reforma é a gama de interpretações que as modificações podem gerar.
Em contrapartida, o advogado trabalhista do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Rio Grande do Sul (Sindigêneros-RS) especializado em Direito Coletivo no Trabalho, Flávio Obino, alertou para a legislação atual, que é engessada para acordos entre empregador e trabalhador, e para a possibilidade de a reforma modificar positivamente esse fator. “A reforma permite negociar jornada de trabalho, teletrabalho, feriados, produtividade, incentivos e muitos outros direitos que podem permitir avanços para o pequeno e o médio empreendedor e para o trabalhador”, disse.
Os empresários ouviram também a exposição do superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, sobre o andamento da instalação dos Postos de Entrega Voluntária (PEVs) de resíduos no País e os próximos desafios sobre o acordo setorial para implantação do sistema de logística reversa de embalagens. “O acordo, teoricamente, é simples. Ele diz que o varejo precisa instalar os PEVs e que o setor empresarial precisa triplicá-los e consolidá-los; e esse trabalho deve ser feito em parceria com as cooperativas”, explicou.
Fonte: CNC