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Presidente do Sinca PR participa de reunião da Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios em Brasília

O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor no Estado do Paraná (Sinca-PR), Luís Antônio Dias, participou no dia 9 de outubro, da reunião da Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL), realizada na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasília.

A CBCGAL é um órgão consultivo da Presidência da CNC, formado por líderes empresariais de todo o país que representam o setor de gêneros alimentícios. O grupo tem como objetivo oferecer estudos e sugestões que orientem estratégias e ações políticas da Entidade na defesa das categorias integrantes desse importante segmento da economia nacional.

Durante a reunião, foram debatidos temas de grande impacto para o setor, entre eles a reforma tributária e seus reflexos nas negociações coletivas, os desafios da empregabilidade e os efeitos econômicos do “tarifaço” americano sobre o comércio de alimentos. Questões como a insegurança jurídica no regime 1×1 de trabalho da mulher e o acompanhamento legislativo de projetos em tramitação no Congresso, como a PEC 8/2025, que propõe a redução da jornada de trabalho para quatro dias por semana, também estiveram em pauta

Debates

Entre as apresentações do dia, o economista e professor José Pastore trouxe um panorama detalhado sobre “O cenário do trabalho em 2025”, destacando que o país vive o menor índice de desemprego desde 2012 (5,6%), mas enfrenta crescentes desafios de produtividade e redução na oferta de mão de obra.
Segundo Pastore, apesar da melhora nos rendimentos reais, a produtividade do trabalho tem caído, e os programas sociais ampliados vêm influenciando a disponibilidade de trabalhadores, especialmente entre os jovens de 14 a 30 anos

Em outra exposição, Pastore analisou os impactos da PEC 8/2025, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL/SP), que propõe a semana de quatro dias sem redução salarial. Ele alertou que, se aprovada como está, a medida poderá elevar custos em mais de 20% para as empresas, gerar queda estimada de 6,2% no PIB e redução de empregos formais, caso não haja negociação coletiva setorial e ganhos de produtividade que sustentem a mudança