A ABAD tem frequentemente se posicionado a respeito de temas econômicos como a escalada da Selic e os resultados ruins do PIB; e é com imenso pesar que vemos nossas piores previsões se confirmarem.
A atual queda na atividade econômica do segundo trimestre, de 1,9% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, ocorreu a despeito de todos os argumentos dos setores produtivos sobe os riscos trazidos pelo descompasso entre a política econômica e o comportamento do governo, que insiste em não adotar as ações de austeridade necessárias e reluta em cortar os próprios gastos.
Para fechar as contas, a saída mais buscada foi sempre o aumento da carga tributária e a elevação contínua dos juros, que, conforme sempre alertamos, eram o remédio que provavelmente mataria o paciente antes de recuperá-lo.
Agora, em meio a rumores da volta da CPMF, esperamos que o governo pare de apontar caminhos que penalizam a sociedade e finalmente assuma seu papel como promotor das condições para a retomada dos investimentos, da produção, do emprego e do consumo, tão necessárias para o país.
José do Egito Frota Lopes Filho
Presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados
