O recuo de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no quarto trimestre do ano passado na comparação com o trimestre anterior foi o pior resultado neste tipo de comparação desde a queda de 1,2% no quarto trimestre de 2015. Além disso, as Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que esse foi o oitavo recuo seguido do PIB do país quando se compara um trimestre com o trimestre imediatamente anterior. Do lado da oferta, os serviços registraram queda de 0,8%, o oitavo trimestre consecutivo com resultado negativo, sempre na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
A intermediação financeira declinou 0,7% frente ao terceiro trimestre, oitava queda seguida, mesmo número de recuos sucessivos do comércio, que caiu 1,2% no quarto trimestre de 2016. Já o segmento de transporte, armazenagem e correio caiu 2%, no nono recuo seguido frente ao trimestre anterior.
A agropecuária, por sua vez, subiu 1% e teve, no quarto trimestre frente ao terceiro, seu melhor resultado para este tipo de comparação desde a alta de 6,9% do primeiro trimestre de 2015. Considerando o confronto do quarto trimestre de 2016 com igual período do ano anterior, o PIB do país caiu 2,5% e, se, por um lado, teve o seu menor recuo para e para este tipo de comparação desde a queda de 1,8% do primeiro trimestre de 2015, amargou a sua 11ª queda seguida para este tipo de comparação.
Ainda nessa base de comparação, a formação bruta de capital fixo, um indicativo de investimentos, cedeu 5,4%, na 11ª queda seguida, enquanto o consumo das famílias diminuiu 2,9%, no oitavo resultado negativo seguido.
Do lado da oferta, a indústria caiu 2,4% e também teve o 11º recuo seguido, mas a indústria extrativa mineral mostrou recuperação, com alta de 4%, primeiro avanço depois de quatro trimestres de queda. Em compensação, a indústria de transformação caiu 2,4% e foi mais um segmento da amargar a 11ª queda seguida, assim como a construção, que recuou 7,,5%, no pior resultado desde o tombo de 8,7% do segundo trimestre de 2015.
Os serviços também recuaram 2,4%, na oitava queda seguida na comparação com igual trimestre do ano anterior. Os serviços de transporte caíram 7,5% frente ao quarto trimestre do ano anterior, pior resultado desde a baixa de 9,2% do quarto trimestre de 2015 e oitava queda seguida. O comércio foi mais uma segmento a ter a 11ª queda consecutiva, ao encolher 3,5% no quarto trimestre de 2016, ante um ano antes.
Fonte: Valor Econômico