Nesta terça-feira (6), os bancários de Curitiba e do interior do Paraná vão entrar em greve por tempo indeterminado. A expectativa da Federação dos Bancários do estado é de adesão de 70% dos funcionários dos bancos privados e de 100% no caso do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF). Os terminais de autoatendimento devem funcionar normalmente.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, os centros administrativos e as agências do centro da capital paranaense devem ser as primeiras a parar as atividades, já no início da manhã. Já as agências que ficam nos bairros devem aderir à paralisação ao longo do dia. Além da capital, os sindicatos dos bancários de Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Goioerê, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e União da Vitória confirmaram que vão parar as atividades.
Consumidor
Apesar da greve dos bancários, os prazos de vencimento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança continuam valendo. Os consumidores que não querem pagar juros e multa devem usar os caixas eletrônicos ou canais de atendimento pela internet para pagar suas dívidas, orienta o Procon-PR. A mesma dica vale para as pessoas jurídicas.
Para quem não é cliente de nenhuma agência, a alternativa é entrar em contrato com o credor e negociar outras formas e lugares alternativos para o pagamento, como Casas Lotéricas e a própria sede da empresa. De acordo com o Procon-PR, os consumidores devem anotar os números de protocolo de atendimento para que possam reclamar caso o credor não ofereça opções de lugares para quitar a dívida.
O Procon-PR afirma que os canais de autoatendimento devem continuar funcionando normalmente, por isso não é necessário tirar dinheiro imediatamente. Mas, em greves anteriores, já aconteceram casos isolados de falta de envelopes para depósito e dinheiro em caixas eletrônicos.
Reivindicação
A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, piso salarial no valor de R$3.299,66 e plano de carreira para todos os funcionários com reajuste anual de 1%. Além disso, os bancários querem auxílio-refeição, alimentação e creche o valor de R$ 788 cada e Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 7.246,82 fixos.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aos trabalhadores um reajuste de 5,5%, mais abono de R$ 2.500 que não será incorporado ao salário.
Fonte: Gazeta do Povo