O presidente da ABAD, Emerson Destro, considera factível terminar o ano de 2017 com o crescimento real de ao menos 1% no faturamento, tendo como base uma melhora no cenário econômico a partir do segundo semestre. De acordo com o Banco de Dados da ABAD, pesquisa mensal apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), em termos reais, o faturamento do setor teve alta de 16,5%% em março na comparação com fevereiro, acompanhando um movimento de sazonalidade. Em relação a março de 2016, houve queda de -2,33%. De janeiro a março, acumula retração de -6,15% ante o mesmo período do ano passado.
“Os números mostram ainda um cenário bastante prejudicado por conta do desemprego. Mas temos razões para crer que a tendência de queda esteja chegando ao fim. Seja por causa da base de comparação muito baixa em 2016, seja pela reação da economia às medidas de ajuste do governo, seja pela simples impossibilidade de as famílias realizarem mais cortes de gastos em produtos básicos de consumo”, afirma Destro.
Em termos nominais, o faturamento cresceu 16,8% em março na comparação com o mês de fevereiro. Em relação a março de 2016, a alta foi de 2,14%. No acumulado do ano, de janeiro a março, houve queda de -1,57% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Estamos lidando com um consumidor propenso a conter ainda mais os gastos, com foco nas escolhas e decisões de compra e disposto a assumir menos riscos. Esse comportamento está diretamente relacionado ao nível de desemprego. Para reverter essa situação, temos de forçar uma reação em cadeia: o governo aprova as reformas, o empresário retoma os investimentos e as contratações e o consumidor, por sua vez, ganha confiança para ampliar seus gastos”, diz o presidente da ABAD.
Fonte: Abad
