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Empresários de gêneros alimentícios se reúnem na CNC

A Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL) realizou na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasília, dia 27 de junho, reunião, com objetivo de discutir o panorama político-econômico dentro da cadeia de gêneros alimentícios; a qualificação profissional oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); a reforma trabalhista; matérias legislativas; entre outros assuntos de prioridade do setor.

Sobre o panorama econômico, o economista da CNC Fabio Bentes iniciou sua apresentação destacando o fato de que o varejo brasileiro vem dando sinais de recuperação no curto prazo, considerando algumas condições econômicas, como a desaceleração da inflação, queda nos juros e a disponibilização de recursos extraordinários sacados das contas inativas do FGTS. Assim, as expectativas podem ser ligeiramente otimistas em relação ao ano passado. Segundo Bentes, “Os dados da economia brasileira revelados pelo IBGE apresentaram dois anos de queda consecutiva do PIB, e agora pode ser que o pior tenha ficado para trás”.

Neste contexto, o economista ressaltou a importância do comércio no País: “O comércio é responsável por 11% do PIB”. Apesar das expectativas, contudo, a recuperação mais consistente dependerá de outros fatores, como a elevação dos investimentos, dos estoques, acompanhada pelo aumento do emprego e da renda.

“Com relação ao volume das vendas do varejo ampliado, observamos quedas menos intensas neste começo de ano com perspectivas de recuperações moderadas nos próximos meses”, afirmou o economista, que também mostrou gráficos a respeito do comportamento do emprego no setor: “O segmento de hiper e supermercados não tem demitido“. Segundo Bentes, de acordo com o CAGED a análise mensal da criação de vagas apontou para 0,9% de geração de postos de trabalho nos quatro primeiros meses de 2017”, destacando regionalmente Goiás, Minas Gerais e Pará como os Estados que mais criaram oportunidades de emprego no momento.

Alerta a ajustes de preços

Fabio Bentes externou preocupação para com o segmento e o futuro da economia quando disse: “No ano passado, foram fechados 34.700 estabelecimentos comerciais no varejo de alimentos – hiper e supermercados. Por conta destes registros e do elevado desemprego, sabemos que a recuperação da economia será lenta”, completou. E contextualizou afirmando que diante do mercado doméstico bastante enfraquecido, se o comercio quiser recuperar margens, o movimento não deverá se dar pela elevação dos preços.

Fonte: CNC