Nós estamos entre as principais economias do mundo e, ao mesmo tempo, nossa sociedade ainda padece de problemas graves em sua estrutura, que impede um crescimento consistente e sustentável. Como é possível um país tão rico em diversidade de culturas e recursos naturais ainda padecer de males tão vergonhosos em desigualdade social e em desenvolvimento? Ah, a culpa é do governo! Não, a culpa é nossa, que terceirizamos nossa felicidade ao governo. E o que tem a ver educação executiva com isso?
Existe aí uma grande oportunidade para o surgimento de lideranças nos setores público e privado, que atuem para elevar o Brasil a patamares de desenvolvimento mais adequados à importância de nossa economia no planeta. Lideranças que busquem excelência em seus conhecimentos e práticas de gestão, oriundos de conhecimento técnico, mas que também inclua uma profunda visão humanística, e que, assim, canalizem suas energias ao desenvolvimento de seus negócios em consonância com o desenvolvimento da sociedade.
esse sentido, olhar para as melhores escolas de educação executiva do mundo e ver o que tem a nos ensinar parece um bom exercício para essa caminhada na construção de lideranças com esse perfil, de que nossas empresas e nosso país tanto necessitam.
As melhores do mundo
No mês passado, o jornal Financial Times publicou seu ranking anual das principais escolas de negócios do mundo. Em 2015, o ranking foi liderado pela espanhola IESE Business School, pelo bom desempenho em ambas as categorias avaliadas, envolvendo programas abertos e customizados, sendo esse último elaborado sob medida para as empresas contratantes. Presente em São Paulo através do ISE Business School, sua associada desde 2002, a instituição privilegia justamente uma formação executiva de primeira linha com uma visão humanística para desenvolver lideranças em sintonia com as necessidades dos negócios e da sociedade.
O ranking segue nessa ordem com escolas como HEC Paris (França), IMD (Suiça), Center for Creative Leadership (Estados Unidos), London Business School (Inglaterra) e Harvard Business School (Estados Unidos). A representante brasileira melhor colocada no ranking é a mineira Fundação Dom Cabral (FDC), posicionada na 16ª colocação, e depois a paulistana Insper na 43ª colocação, o que representa um grande feito para ambas as instituições que figuram entre as 50 melhores do planeta.
A oportunidade
Essas instituições possuem em comum um ímpeto de compartilhamento de informações e muitas disponibilizam conteúdos em vídeos, áudios e textos em seus websites. Com isso, dão acesso a um conteúdo muito relevante para o aprimoramento em boas práticas de gestão de negócios e na compreensão do mercado. Qualquer um que tenha interesse e dedicação para buscar melhorias para si e para a realidade em sua volta, pode usufruir dessas fontes fantásticas de informação e formação. Cabe a cada um de nós essa aplicação para não terceirizarmos mais a nossa felicidade.
por Sandro Gomes – sócio-diretor da CrossVision – Consultoria e Assessoria em Gestão de Negócios e Marketing
Fonte: Gazeta do Povo