Os empresários envolvidos na distribuição das cervejas da Brasil Kirin estão apreensivos com o fato de a marca Schin passar para as mãos da Heineken. Na segunda-feira (13), a companhia holandesa anunciou a celebração de um acordo com a a japonesa Kirin Holdings Company para a aquisição da fabricante brasileira de cervejas e refrigerantes Brasil Kirin Holding. Com o negócio, a Heineken se tornará a segunda maior empresa de cerveja do Brasil. O valor da transação é de 664 milhões de euros, o equivalente a, aproximadamente, R$ 2,2 bilhões. As marcas de cerveja da Brasil Kirin incluem Schin, Baden Baden e Eisenbahn.
A exemplo do que ocorreu com distribuidores da Antarctica na época da compra pela Ambev, a expectativa é que a multinacional passe a fazer a distribuição diretamente.
O esquema de distribuição da principal marca da Brasil Kirin não mudou quando o controle da empresa passou da Schincariol para a japonesa.
No entanto, nos últimos meses, os 180 distribuidores disseram que se sentiram prejudicados pela política de preços da companhia. “O preço era mais baixo para o supermercado do que para nós. Então, isso deixou muita gente em más condições”, disse um distribuidor. “Parecia que eles queriam que a gente deixasse o mercado.”
O presidente da Brasil Kirin, André Salles, afirmou que a informação não procede e que “a rede de revendas é prioridade para Brasil Kirin, tendo os melhores preços dos produtos da companhia”. Já a Heineken disse que só vai pensar em como organizar a distribuição após a aprovação do negócio pelo Cade.
Fonte: Portal Newtrade