Os impactos negativos da reforma do PIS/Cofins no setor de serviços, anunciada ainda no governo da presidente Dilma Rousseff, foi tema de um encontro, em 16 de agosto, entre o deputado federal Laércio Oliveira, presidente da Comissão de Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
No encontro, Laércio Oliveira destacou que a reforma vai prejudicar empresas de todos os setores, mas, em especial, as áreas de educação, saúde, construção, telecomunicações, segurança, informática, entre outras, que geram mais de 20 milhões de empregos.
Mudança vai pesar no bolso da população
O parlamentar apresentou dados confirmando que, conforme a reforma anunciada, essas empresas, que pagam hoje uma alíquota somada de PIS/Cofins de 3,65% sobre o faturamento, migrariam para 9,25%, com poucos créditos para compensar. Elas passariam para o complexo regime não cumulativo, ampliando a já sufocante burocracia fiscal.
As consequências dessa reforma seriam o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, além da possibilidade de demissão de cerca de 2 milhões de trabalhadores. Participaram também do encontro com Eliseu Padilha o assessor da Mobilização Nacional contra o aumento do PIS/Cofins, Emerson Casali, e Daniel Sigelman, secretário executivo da Casa Civil.
O ministro Padilha reafirmou que o governo acredita que, com uma carga tributária de 37% do PIB, não é possível aumentar impostos. Disse ainda que a prioridade do governo é realizar as reformas para estancar o crescimento dos gastos. Laércio Oliveira confirmou ao ministro Eliseu Padilha que o setor empresarial estará pronto a apoiar o Governo nas agendas necessárias ao crescimento do País.
Fonte: O Globo Projetos (CNC Notícias)