Sindicato do Comércio Atacadista
e Distribuidores do Estado do Paraná

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Um estabelecimento comercial é roubado a cada duas horas, em média, em Curitiba. A capital paranaense registrou 6.070 assaltos em lojas e comércios no ano passado – 8% a mais do que 2013. O dado consta nas estatísticas da criminalidade divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, publicadas no mês passado. O aumento preocupa empresários que, em razão destes assaltos, precisam também melhorar a qualidade da segurança privada em suas empresas. Assaltos em comércio representam 20% do total de roubos na cidade.

Os assaltos no ano passado e roubos recentes em 2015 têm impulsionado reclamações constantes dos comerciantes. Somente em fevereiro deste ano, por exemplo, duas filiais das lojas Havan, em Curitiba, foram assaltadas – uma no bairro Bom Retiro e outra no Xaxim. As lojas da Rua XV também são alvos, de acordo com o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina.

“Na minha opinião, tem faltado presença da polícia. E há um problema no sistema. Muitas vezes são sempre os mesmos que cometem esses crimes. Eles são presos e logo estão à solta novamente”, reclama. Em dez meses do ano passado houve crescimento deste tipo de assalto.

Mesmo os meses de junho e julho, quando a cidade sediou a Copa do Mundo, ocorreram mais assaltos que no ano anterior [veja o infográfico]. Naquele momento, o problema não era falta de efetivo policial, pois havia cerca de 7 mil agentes de segurança na cidade. Nem isso, no entanto, conseguiu conter o avanço dos crimes.

Sem padrão

Para o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba, Osmar Dechiche, apesar do aumento destes crimes, não há um padrão nem perfil nos ladrões que tem cometido esses roubos. “Não tem grandes quadrilhas. Há muitos delinquentes”, afirma. Segundo o delegado, os assaltantes não são apenas usuários de drogas. “Há gente de todo tipo”, completa.

O policial comentou ainda que o crime de roubo é relacionado à oportunidade. Por isso, conforme explicou, é fundamental também a prevenção que os empresários fazem no dia a dia. Dechiche garante que a polícia dá atenção às áreas comerciais, mas depende bastante da colaboração dos comerciantes. Por isso, ele lembra que os estabelecimentos devem investir mais em segurança privada, no monitoramento de câmeras. “Às vezes recebemos imagens sofríveis”, afirma Dechiche. No entanto, ele ressalta que a DFR tem realizado grandes prisões com a ajuda do confronto de imagens entregues pelos estabelecimentos.

A DFR é responsável por investigar crimes de furtos e roubos de autoria desconhecida. Quando o ladrão é identificado, o crime é investigado pelo distrito policial responsável pelo bairro onde o estabelecimento fica. Tanto a DFR quanto os distritos entram nos casos após o roubo ter sido cometido. A prevenção é de responsabilidade da Polícia Militar. Mas, prisões e investigações que tenham sucesso colaboram para diminuição dos roubos.

Fonte: Gazeta do Povo

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