A Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços (CNC) deve revisar novamente para baixo a projeção de queda no volume de vendas do comércio varejista restrito para 2015.
Atualmente, a previsão é de um recuo de 1,1% mas, segundo o economista da CNC, Fábio Bentes, as condições continuam desfavoráveis à demanda, como o aumento dos juros e a queda da renda das famílias, e sem grandes perspectivas de mudança desse cenário. Os estoques do varejo, afirmou, estão altos.
Após a revisão, a estimativa da CNC deve ficar mais próxima de um recuo de 1,5%. “Deve ser a primeira queda nas vendas do varejo restrito desde 2003 (2,3%)”, lembrou ele. Em 2014, as vendas do comércio subiram 2,3%.
Essa avaliação mais negativa do economista ocorre mesmo com a primeira alta, de 0,6% em junho ante maio, no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), após sequência de oito quedas consecutivas. O indicador atingiu 86,5 pontos, um nível que ainda está 21,1% abaixo de junho do ano passado.
Entre os três tópicos usados para cálculo do índice, as condições atuais mostraram recuo de 1,6% em junho ante maio mas houve taxas positivas, na mesma comparação, em investimentos (0,6%) e em expectativas (3,8%). Foram as expectativas que explicam essa ligeira melhora no indicador, mas isso ainda não indica retomada
sustentável na atividade do comércio, comentou Bentes.
Fonte: Valor Online