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Carnaval e baixa intenção de compra afetam comércio paranaense em fevereiro

As vendas do comércio paranaense em fevereiro apresentaram uma performance aquém do mesmo mês do ano passado. Em relação a janeiro, houve queda de -11,74% e o faturamento praticamente estagnou na comparação com fevereiro de 2014, com ligeira alta de 0,42%. Como resultado, o acumulado parcial de 2015 mostra crescimento de 2,59%. No ano passado, nesta mesma época, as vendas acumuladas já mostravam aumento de 5,17%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

A combinação do feriado de Carnaval, que reduziu os dias úteis para 21,5 ante 24 em fevereiro passado, e a queda na intenção de consumo das famílias, que foi uma das menores dos últimos anos, influenciou significativamente o resultado. A inflação e a restrição ao crédito completaram o cenário desfavorável para o varejo.

 

Setores

Na variação mensal estadual, apenas os segmentos de calçados (5,9%) e farmácias (2%) obtiveram aumento nas vendas. Em relação a fevereiro de 2014, tiveram bom faturamento os setores de combustíveis (19,78%), lojas de departamentos (10,21%), farmácias (7,11%) e supermercados (6,62%).

Por outro lado, os piores resultados mensais ficaram com o comércio de móveis, decorações e utilidades domésticas (-29,03%), lojas de departamentos (-21,31%), concessionárias de veículos (-18,05%), livrarias e papelarias (-14,27%) e autopeças (-11,71%). Já na análise interanual, foram verificadas quedas no movimento das concessionárias de veículos (-23,27%), vestuário e tecidos (-13,81%), autopeças (-13,23%) e calçados (-6,6%).

 

Regiões

Em todas as regiões pesquisadas, os indicadores foram negativos, exceto em Curitiba e Região Metropolitana. Na capital, as vendas de fevereiro em relação a janeiro tiveram queda de -11,06%. Porém, na comparação com fevereiro de 2014, o desempenho foi positivo, com elevação de 4,38%, chegando ao acumulado do ano com alta de 5,79%. A região de Londrina teve a maior queda na comparação com o mês subsequente (-17,58%) e também em relação ao mesmo mês do ano anterior (-5,38%). Na sequência, ficaram Maringá (-11,87%), Sudoeste (-9,84%), Ponta Grossa (-9,17%) e região Oeste (-4,21%).

Confira a pesquisa completa aqui.