O último tarifaço da energia elétrica, que elevou os preços para os grandes consumidores em mais de 36% e em 34,41% para os consumidores residenciais, está acarretando problemas também para os supermercados, que já enfrentam dificuldades adicionais provocadas pela instabilidade da economia, entre elas a alta dos juros e a escassez do crédito. Interagindo em malévola combinação, esses fatores estão retirando o dinamismo do setor supermercadista, que vem perdendo fôlego desde meados do ano passado.
Estas foram algumas das questões abordadas pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, e também pelo presidente da Associação Paraense (Aspas), José Oliveira, na solenidade de abertura da já tradicional Convenção de Supermercados e Fornecedores da Região Norte, que chega neste ano à sua 17ª edição.
O presidente da Aspas, José Oliveira, do Grupo Formosa, disse que o movimento de vendas nos supermercados no Círio deste ano ficou no mesmo patamar do ano passado. Para o Natal, segundo ele, o setor espera um crescimento de 8% a 10% em relação a 2013. As expectativas favoráveis, porém, param por aí. Com a queda contínua nas vendas que vem sendo observada desde o ano passado e que vem se acentuando nos últimos meses, só resta mesmo a esperança. “Nós esperamos que mude, mas achamos que este ano não tem mais jeito”, acrescentou.
O presidente da Abras, Fernando Yamada, confirmou também a perda de dinamismo do setor supermercadista, mas ainda assim a entidade nacional do setor espera fechar o ano, conforme deixou claro, com um ligeiro crescimento em relação ao ano passado. Segundo Fernando Yamada, a Abras está trabalhando com a perspectiva de um aumento real de 2% nas vendas sobre o movimento de 2013. Caso esse índice venha a se confirmar, ele será ainda assim um crescimento bastante modesto. Afinal, os supermercados aumentaram as vendas no ano passado em 5,6% sobre as do ano de 2012.
Fonte: Portal Abras