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Baixo consumo estimula redução no endividamento

Se por um lado o Paraná tem registrado constantes baixas na intenção de consumo, por outro, isso tem motivado a redução do endividamento. O percentual de endividados ficou em 85,9% em agosto, ante 87% em julho e 88,8% em agosto do ano passado. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

As contas em atraso e a falta de condição para pagamento também apresentaram melhora. Neste mês, 23,7% dos endividados estão com os pagamentos atrasados, situação relatada por 24,3% em julho. Os que não terão condições de quitar suas contas são 7,6%, mas chegavam a 9,2% no mês passado.

“A queda gradual na intenção de consumo, também monitorada por nossa instituição, apesar dos reflexos negativos para o varejo, tem seu lado positivo, que é a redução no endividamento”, justifica o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana. O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Paraná alcançou 88,8 pontos em agosto, o pior em seis anos. Esta foi a nona queda consecutiva do indicador, que baixou 34,46% em doze meses.

Nível de endividamento

Neste mês, os paranaenses não se consideram tão endividadas quanto no ano passado. Os que se nomeiam muito endividados chegam a 23,33%, mas o índice era de 25,3% em agosto de 2014. O percentual médio da renda comprometida com dívidas é de 31,9 %, sendo que 18,7% dos consumidores têm mais de 50% dos rendimentos já vinculados a dívidas. A percepção de endividamento é maior entre aqueles com renda acima de dez salários mínimos, com 26,19%, ante 22,72% entre as famílias com rendimentos mensais abaixo de dez salários.

Tipo de dívida

O cartão de crédito responde a maior parte das dívidas, com 71,3%, o que representa aumento na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o cartão concentrava 64,2% das contas a pagar. O financiamento de veículo aparece na segunda posição, com 10,5% das menções, seguido pelo financiamento imobiliário (9,4%), carnês (3,8%) e o crédito pessoal (2,6%).

Contas em atraso

Entre os consumidores com contas em atraso, 41,7% já estão com parcelas atrasadas há mais de 90 dias, e por isso são considerados inadimplentes e podem ter seu cadastro incluso nos sistemas de proteção ao crédito. O tempo médio de comprometimento com as dívidas é 7,2 meses.

Confira a tabela completa da pesquisa aqui.

Fonte: Fecomércio PR