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Aedes aegypti e a tríplice ameaça

O Brasil vive uma epidemia dedengue com mais de 745 mil casos só neste ano. Mas esta não é a única doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que tem trazido riscos à saúde da população.

Nos últimos meses, o país passou a registrar casos de duas “primas” da dengue. Elas atendem pelos nomes exóticos de chikungunya e zika. São transmitidas pelo mesmo mosquito e causam alguns sintomas semelhantes.

Atualmente no Paraná, 75% dos municípios são considerados infestados pelo Aedes aegypti e correm risco de registrar casos de dengue, chikungunya e zika. Isso porque o mosquito que já existe na região pode ou não ser portador dos vírus. De acordo com o Boletim Epidemiológico da SESA divulgado em 08/12,foram confirmados 754 casos de dengue desde agosto deste ano etambém 01 caso autóctone (natural da região) da chikungunya e 02 casos de zika no Estado.

Acesse: Boletim epidemiológico para mais informações aqui.

Dengue

Febre Chikungunya

Zika Vírus

Doença

Dentre as três, é a mais conhecida e presente no Brasil.

Existem quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, e todos podem causar tanto a forma clássica da doença quanto formas mais graves.

Os primeiros casos autóctones da doença no Brasil apareceram em setembro de 2014 em Oiapoque, no Amapá. A origem do nome chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.

A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo.

Recentemente a OMS reconheceu oficialmente a relação entre o Zika vírus e os casos de microencefalia ao mencionar o estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas.

Transmissão

Através da picada do mosquito Aedes aegypti

Através da picada do mosquito Aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e Aedes albopictus (presente em áreas rurais)

Através da picada do mosquito Aedes aegypti

Sintomas

Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar.

O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes são raras.

 

Os principais sinais e sintomas incluem manchas vermelhas na pele com coceira, febre, olhos vermelhos (sem coceira e sem secreção), inflamação ou dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça e dor nas costas. Com menor frequência, há relatos também de inchaço, dor de garganta, tosse e vômitos. Segundo a literatura, apenas 18% das pessoas apresentam manifestações clínicas da doença. Geralmente os sinais e sintomas duram de 2 a 7 dias.

Tratamento

Procurar atendimento médico. As recomendações são ficar em repouso e ingerir bastante líquido. Medicamentos são administrados para aliviar os sintomas. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS), que bloqueia o trabalho de coagulação, aumentando as chances de hemorragias.

Prevenção

Eliminar os criadouros artificiais do mosquito transmissor, onde são encontrados quase metade dos nascedouros. O mosquito prefere depositar seus ovos em locais secos, mas precisa de água para que o seu ciclo de reprodução esteja completo. Dessa forma, se deve eliminar garrafas, plásticos, latas, tampas, pneus e outros que possam acumular água. Também estar atento aoscriadouros naturais, como as bromélias e os ocos de árvore; e os escondidos, como calhas entupidas e bandejas externas de geladeira.

 

É importante que as pessoas estejam alertas aos sintomas e procurem a unidade básica de saúde mais próxima a fim de receber o tratamento que inclui hidratação, monitoramento e classificação de risco, além da identificação da doença.

 Fonte: Sesc PR