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Acidente aéreo mata Eduardo Campos, aos 49 anos, e muda cenário da sucessão presidencial

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu ontem (13), aos 49 anos, em trágico acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, na manhã em que o tempo virou em São Paulo com a chegada de uma frente fria.

O político cumpriu agenda no Rio e tinha participado na terça-feira à noite de entrevistas ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo, e ao “Jornal das Dez”, da GloboNews, nos estúdios das emissoras. No voo, o presidenciável estava acompanhado de quatro assessores, além dos dois pilotos que conduziam a aeronave. Não houve sobreviventes. A mulher do candidato, Renata, e o filho Miguel, que também estavam no Rio, partiram em outro voo para o Recife.

Campos faleceu no mesmo dia em que seu avô, Miguel Arraes, que morreu em 13 de agosto de 2005, em decorrência da falência múltipla dos órgãos, após complicações nos pulmões, no Recife.

CAMPANHA ELEITORAL

As atividades relacionadas à campanha eleitoral estão oficialmente suspensas. Extraoficialmente, porém, os próximos cinco dias serão de intensa troca de impressões e negociação. Em foco estará a definição do sucessor de Eduardo Campos a cabeça de chapa do PSB para presidente da República. A substituição natural da candidatura do ex-governador pela candidata à vice na chapa original, Marina Silva, não despertou consenso assim que restabelecida alguma racionalidade, após a perplexidade provocada pelo trágico acidente que matou o ex-governador.

Institutos de pesquisa suspenderam novas rodadas de entrevistas que seriam feitas na semana que vem e pretendiam avaliar o impacto das entrevistas dos candidatos ao Jornal Nacional, da TV Globo, e também no início do horário eleitoral gratuito, na terça-feira, dia 19.

O Instituto Datafolha confirmou ontem que coloca o seu time em campo nesta quinta, sexta e sábado para medir os efeitos da morte de Eduardo Campos sobre a disputa presidencial. O resultado da pesquisa sairá na edição de segunda-feira da “Folha de S.Paulo”, segundo o diretor do instituto, Mauro Paulino.

O saldo dessa pesquisa é mais um elemento a ser considerado por todos os partidos no início da próxima semana porque especialistas têm convicção de que o rumo da eleição presidencial no Brasil pode ter sido radicalmente alterado ante a possibilidade de Marina Silva tornar-se candidata à Presidência.

Fonte: Valor online