Economistas veem retomada mais firme

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A recuperação da atividade vai ganhar força nos próximos trimestres, com a possibilidade crescente de uma expansão do PIB superior a 2% em 2018, um movimento puxado basicamente pelo consumo das famílias e pela queda dos juros. Essa melhora da atividade deve ajudar os cofres públicos, mas nem de longe resolverá o problema fiscal, que necessita a continuidade da agenda de reformas.

Esse é um consenso entre os economistas que participaram do debate do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizado ontem no Valor. O cenário básico dos economistas da entidade não contempla guinadas na política econômica na eleição de 2018 – a retomada mais firme da economia reforçaria candidaturas com um discurso reformista e de austeridade fiscal. “Há amplo consenso de que o problema fiscal é gravíssimo e só pode ser resolvido com reformas”, disse Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra.

Além dele, participaram do debate Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco e vice-presidente do comitê, David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America (BofA) Merrill Lynch no Brasil, e Luiz Fernando Figueiredo, diretor da Mauá Capital e ex-diretor do Banco Central. A despeito do diagnóstico sobre o cenário fiscal, os economistas têm visão positiva para a economia do país, mesmo com um provável aumento de incertezas em 2018. Além de descartar o sucesso de candidaturas com propostas consideradas populistas, eles acreditam que há uma possibilidade crescente de a população entender que reformas como a da Previdência são necessárias.

Na sexta-feira, dia em que foi divulgado o crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, o comitê revisou para cima suas projeções para a atividade deste e do próximo ano. As estimativas, todas de crescimento, passaram de 0,3% para 0,4% em 2017 e de 2% para 2,2% em 2018. Como as revisões foram feitas no mesmo dia do PIB, nem todos os integrantes do comitê já haviam calculado suas novas projeções. Por isso, mesmo essas novas estimativas têm viés de alta. “Quando começamos a falar na ideia de que o PIB vai crescer mais, isso vai melhorando tudo”, inclusive o quadro fiscal, diz Kawall

Fonte: Valor Online

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