CBCGAL debate reformas como solução para melhor dinâmica econômica no País

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A Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL), conduzida por seu coordenador, João Francisco Micelli, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do RS (Sindigêneros-RS), recebeu o consultor da CNC José Pastore, professor de Relações do Trabalho da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Fecomércio-SP, que analisou politicamente os rumos da reforma trabalhista; representando o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o secretário nacional de Economia Solidária (Senaes), Natalino Oldaskoki; e a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Realizada na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), dia 22 de novembro, em Brasília, a câmara abordou as reformas trabalhista, fiscal e política. O foco da câmara também girou em torno da economia brasileira, da desaceleração das atividades do segmento de gênero alimentício, entre outros vários segmentos do setor do comércio de bens e serviços, o que acabou por gerar a falência de micro e pequenas empresas e, por consequência, o aumento do desemprego.

A alta carga tributária, especialmente no que diz respeito à contratação de mão de obra, tem sido um pesado empecilho para as atividades do setor, em nível nacional. “Aqui debatemos temas nacionais. Essa câmara existe em nome de todos os empresários e tem foco em resultados imediatos”, disse João Micelli, ao abordar de que forma seria possível o enfrentamento atual da queda econômica e questões trabalhistas. Segundo ele, pontos que precisam ser tratados com punho mais forte pelo governo federal.

O desemprego no Brasil

O professor José Pastore, especialista brasileiro em relações do trabalho e recursos humanos, aponta causas do avanço do desemprego e também ações que podem ser realizadas pelo novo governo para a criação de medidas que atraiam capitais, ajudando empresas na geração de empregos.

“O número de desempregados no Brasil soma 12 milhões de pessoas. Gastos excessivos do governo forçaram a elevação dos juros, inibindo os investimentos produtivos. O grosso dos empregos criados nos anos anteriores foi de baixa qualificação, que é algo próprio do comércio e serviços – muito sensíveis a variações da demanda interna. Os investimentos públicos e privados foram pífios. Não houve geração de empregos em construção, em infraestrutura e no setor industrial. Os empregos de hoje dependem dos investimentos de ontem, o que não houve. Daí o desemprego e a informalidade atuais.”

Se forem somados aos 12 milhões de desempregados os contingentes de subempregados e os informalizados, o drama do desemprego chega ao número de 23 milhões de brasileiros. “Hoje temos desempregos generalizados, em todos os níveis profissionais. A boa notícia é a nova perspectiva de investimentos. O que gera emprego é o investimento, mas para que ele ocorra é necessária uma nova filosofia dos governantes, especialmente na questão fiscal, que estimule a queda dos juros, os capitais e os investimentos”, afirmou.

Segundo Pastore, “hoje o desemprego generalizado – em todos os níveis profissionais – pede urgência para que haja uma mudança que possa estimular o capital privado. Um lucro com regras, com concorrência e competição”.

“Se o Brasil conseguir fazer tudo que precisa, dando segurança jurídica e perspectiva de lucro para o investidor, o que é uma filosofia nova no País, principalmente na área de infraestrutura, em que há muita coisa por fazer (fazer ou reformar), deve-se atrair capitais, e é disso que o País está precisando”, disse o professor. “Isso no meu entender deve atrair muito capital estrangeiro. É claro que esse lucro virá da competição e da eficiência, e quem ganhar vai entrar no mercado para fazer as obras e lucrar”, acrescentou.

Ainda de acordo com Pastore, na medida em que forem resolvidas as regras de leniência para as construtoras brasileiras, esse capital estrangeiro vai se associar a elas, e ao longo do ano que vem, talvez mais para o final dele, nós vamos ter sinais de geração de emprego.

O presidente do Sinca PR e vice-presidente da Fecomércio PR, Paulo Hermínio Pennacchi participou do encontro. 

Fonte: CNC

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